sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Lenda Urbana - Não Durma

Não durma!

Samira sempre teve pesadelos. Sempre. Moradora de Israel, ela achava que as guerras freqüentes em seu país fossem a razão deles. Porém, aos catorze anos, ela se mudou para Londres. E foi então que os pesadelos começaram a ficar piores. Toda noite, assim que fechava os olhos, uma criatura lhe aparecia em sua cabeça. Era de forma humana, mas completamente careca, não tinha olhos e sua boca estava costurada em um pavoroso sorriso. Era o seu guia; um dos muitos daquele lugar. E por incrível que pareça, era quem lhe fazia se sentir segura quando caminhava pela terra assustadora dos pesadelos.
A terra era cheia de gritos, horrores e ranger de dentes. Demônios sorriam enquanto espancavam pessoas. Havia cidades, como as nossas, destruídas, onde havia gente ferida correndo e implorando por suas vidas. E pior de tudo, havia o palhaço que dançava e parecia ser o único a se divertir de verdade naquela terra.
Era um palhaço incomum, é verdade. Tinha pernas de bode e a cara pintada como os palhaços.
- Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele à Samira – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma!
Samira sempre acordava em prantos. Freqüentou os melhores psicólogos, participou das melhores terapias, mas nada a impedia de ver seu guia e o palhaço quando dormia. Aquilo a apavorava e causou seus problemas de relacionamento. Era uma pessoa tristonha, que quase não se comunicava e estava sempre na companhia de remédios que a mantivesse acordada. Não valiam muito.
Certa noite dormiu e voltou a seguir seu guia.
- Por que sempre está rindo, se não é feliz? – perguntou ela.
O guia virou sua cara sem olhos para ela, mas nada falou. Era impossível para ele falar. Voltaram a andar no meio do caos, mas, poucos minutos depois, o guia desapareceu.
- Cadê você?
Novamente, não houve resposta. Ela começou a andar, chorando, pois tinha medo. Muito medo. Queria acordar, dizia a si mesma que era apenas um sonho, mas não conseguia acordar.
Ouviu passos. Toc, toc, toc, no asfalto da rua por onde andava. Cascos. Logo o palhaço com pernas de bode apareceu. E ria.
- Boa notícia – disse ele – Você merece vir pra cá. Vou te levar pra um passeio comigo pela minha terra.
Mas Samira correu. Seus cabelos negros e lisos voavam na noite enquanto o toc toc dos cascos a seguia. E ele assobiava, e ria, e chamava seu nome. Até que, cansada, ela caiu. O palhaço então se aproximou, gargalhando.
- Deixe-me ver esses braços.
Com suas unhas, ele cortou os dois pulsos da menina.
- Pra você vir mais rápido, amorzinho. Você tem uma missão, merece vir pra cá.
Ao ver aquele sangue escorrendo, ela gritou. E fazendo isso, acordou.
Respirou aliviada.
Mas então viu o lençol cheio de sangue. Seus pulsos estavam cortados.
Desesperada, chamou os pais. Samira foi levada a um hospital, onde deram pontos em seus pulsos. Os ferimentos foram interpretados como tentativa de suicídio. A assistência social e a polícia interrogaram seus pais, vasculharam a casa, pois ninguém acreditava que um palhaço com pernas de bode a ferira em um pesadelo.
Samira estava decidida a não mais dormir. Não queria mais voltar àquela terra onde as pessoas sofriam, onde via vultos, espíritos que riam e demônios que se divertiam. Tudo eram sorrisos naquele mundo. E os sorrisos só vinham de quem praticava o mal, pois era divertido causar dor. Por isso ela nunca mais riu.
Samira estava mudada. Cansada, mais magra, adepta de remédios com apenas dezoito anos. Não tinha fôlego pra universidade, apesar de muito inteligente.
Certo dia viu o palhaço em sua cozinha. Estava sonhando acordada.
- Vou esfaquear seus pais – ele disse, passeando em volta do fogão – e vai ser divertido. Você tem problemas, vão colocar a culpa em você. Vai ser divertido, não vai?

Se eu vou dormir depois de ter lido essa lenda? Sinceramente não sei. Coisas assim podem acontecer  o tempo todo á nossa volta, mas não acreditamos ou então entendemos como um simples caso de suicídio.  Acreditar ou não , é uma opção sua (:
PS: vale á pena visitar o site , é muito interessante ^^

domingo, 29 de janeiro de 2012

Lendas Urbanas - O homem-gancho

.Essa semana vou apenas me dedicar á LENDAS URBANAS.  Bom, hoje vou começar com a lenda do homem-gancho. Uma das minhas lendas favoritas. 

Com certeza vocês já ouviram a lenda do homem-gancho. Conta-se que um casal estava se beijando dentro do carro e ouve no rádio que há um assassino enlouquecido á solta., reconhecível por possuir um gancho no lugar das mãos. A garota fica assustada e diz que ir pra casa.  Aqui, a história toma dois rumos : se o cara for galante e concordar em levá-la em bora, eles chegam á casa da garota e encontram uma prótese de gancho pendurada em uma das maçanetas. Se o cara não concordar e decidir que vai dar uma olhada em volta para acalmar os nervos da garota - e para que assim possam voltar a namorar - então, pouco depois, a garota encontra o namorado morto, pendurado em um galho de árvore acima do carro. Os arranhões eram as unhas do namorado arrastando no teto.
Então, essa é apenas uma história para prevenir que os jovens tentem alguma gracinha depois do cinema certo?



Bem, ás vezes os espíritos usam nossas histórias para que possam assumir uma forma. Há histórias reais, sem nenhuma ligação com o sobrenatural, envolvendo assassinos que perseguem casais apaixonados em carros - alguém já ouviu falar do assassino da 44 ? Lembram como ele jurou ter visto um cão negro ordenando que el matasse? Contarei mais sobre Cães negros depois... Então , a lenda está aí . Acreditar ou não , é uma escolha sua.