domingo, 19 de fevereiro de 2012

Lugares assombrados em São Paulo - Castelinho da Rua Apa

 Hoje trouxe a história misteriosa e macabra do Castelinho da Rua Apa. No começo era apenas um palacete onde morava uma família feliz rica e tradicional família de conceituados milionários da cidade. O Castelinho foi em feito em 1912, por um arquiteto francês que trouxe a planta de sua cidade natal. Em 1937 ocorreu naquele lugar, um dos episódios mais famosos da crônica policial de São Paulo: o Crime do castelinho da Rua Apa.


Álvaro Cesar dos Reis de 45 anos, na noite de 12 de maio de 1937, assassinou sua mãe Maria Cândida Guimarães Reis, de 73 anos e seu irmão, Armando Cesar dos Reis de 42. E depois se suicidou. Dizem que Álvaro matou seu irmão, pois pretendia fazer um clube de gelo no Castelinho, mas seu irmão não concordava e vivia implicando com a idéia. Isso provocou grande raiva em Álvaro, que cheio de fúria tentou matar seu irmão. A mãe desesperada foi apartar a briga e acabou pagando por isso. ”É impossível Álvaro ter matado o irmão, já que caíram paralelos; os tiros estavam na mesma posição e a mãe, que foi encontrada em baixo da escada, tinham muito mais tiros. A mãe foi o único alvo móvel que quando foi metralhada, se isto é verdade. Então, tudo indica que isso foi um “RA-TA-TÁ” daqui pra lá e pegou-lhes na mesma posição. E quando a mãe passou, os tiros que ele recebeu respingaram na manga da blusa dos dois; então ela passou no meio dos dois. 

Tanto é, que essa arma nunca foi encontrada. Armando morreu com os olhos abertos, geralmente só se morre de olhos abertos quando se é pego de surpresa. Tudo indica que havia uma terceira pessoa lá.” Diz Suzan Innace, pesquisadora. Os empregados sempre estavam em casa, e no dia da tragédia uma das empregadas estava na rua e disse não ter ouvido nada. Como ela não ouviu? Ela estava próxima á casa e não ouviu? Foram vários tiros mais a discussão dentro do lugar. Será que ela não ouviu mesmo?

Conflitos e complicações judiciais transformaram a herança da família Reis em um mistério maior que o crime.

 Em 1938 o caso foi arquivado, mas não foi feito nenhum exame que comprovasse que foi realmente Álvaro quem atirou.

Na época, uma coisa muito peculiar aconteceu: Naquele tempo as fotos eram feitas em vidros. E o carro que levava essas fotos sofreu um grave acidente e todos os vidros foram quebrados, as únicas fotos que sobraram foram as que os jornalistas conseguiram tirar. Outras fotos ninguém nunca encontrou, nenhuma.

Hoje em dia, o Castelinho é apenas um depósito de sucata, mas, na época da tragédia foi palco de algumas peças e filmes. O famoso Zé do caixão estrelou O Padre Pedro e a Revolta Das Crianças naquele lugar. “ O Zé do Caixão esteve aqui  nesse prédio 4 vezes pra fazer seus filmes. Uma das vezes que ele esteve aqui com seu pessoal ele sofreu um pequeno acidente, não foi bem um acidente foi apenas o início de um acidente. E através desse “acidente” alguns curiosos que estavam aqui ligaram para os Bombeiros e eles arrancaram a parte de cima do Castelinho.” Diz José Coracci, o vigilante do lugar.

Não sei se vocês conhecem o comediante ANKITO. Ele é beeeem antigo, e já morreu :/ . Ele morou no Castelinho em 1944, e dizia que era comum á noite, ouvir passos na escada, portas se abrirem, torneiras abrirem sozinhas, etc. 

José Coracci disse que ele fica impressionado ao lembrar-se da história de que ele presenciou. Uma moça que passava em frente ao Castelinho ficou um tempo parada e disse “ O lugar é esse”. José, assustado perguntava á moça o tempo todo o que estava acontecendo, o que ela queria dizer com aquilo. Ela insistiu em entrar no Castelinho, e a cada passo que dava dizia conhecer cada centímetro da casa. Mas seu José não a conhecia. A moça disse que conhecia o lugar de um sonho, mas José não acreditou e foi fazendo perguntas que só uma pessoa que conhecia bem o lugar saberia responder. E ela respondeu todas, corretamente. Mas uma pergunta fica: Como a moça conhecia tão bem o Castelinho sendo que afirmou que morava em Belém do Pará? E José nunca a viu naquele lugar.
 Muitos mistérios cercam aquele lugar. Mistérios que talvez, ninguém nunca consiga entender. 

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